quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Hoi An

As expectativas para Hoi An eram elevadas e não saíram defraudadas.

A parte mais histórica e pitoresca desta vila é património da humanidade e percebe-se bem que o verdadeiro interesse desta nomeação é manter aquele traço e aquela arquitectura que rodeia o lago e que pertence igual há mais de 100 anos. Com grande influencia japonesa, nomeadamente pela ponte característica e símbolo da cidade, foi, noutros tempos porto de abrigo de pescadores que moravam nas casas que hoje, bem conservadas, são restaurantes e lojas. Para fora desta área preservada o cenário, apesar de mais moderno, não muda muito, sendo sempre povoado de muito comercio. O comercio, para além do típico souvenir, é essencialmente de roupa mas, e para surpresa nossa, roupa à medida. Dizem que há mais de 200 costureiras e alfaiates na vila prontos a fazer desde um fato de homem a um vestido de noite. 

Como chegamos já depois do almoço, tivemos tempo para passar a tarde a deambular pelas ruas e a dominar o mapa. O nosso hotel ficava na praia, a uns 5kms do centro, o que nos proporcionou uns belos mergulhos de mar ao final dos 3 dias que estivemos em Hoi An. 

Na primeira noite e, após pesquisa intensa de um restaurante, decidimos ir ao Miss Ly, altamente reputado, mas quando chegamos estava mais que esgotado. Voltamos no dia seguinte e bem que valeu a pena. No entanto, nessa noite o simpático gerente (pelo sotaque deveria ser americano) nos recomendou um pequeno restaurante japonês. Lá fomos todos contentes a penar em Sushi e, quando abrimos a ementa, na primeira pagina o proprietário pedia desculpa mas não servia Sushi, mas sim, comida japonesa caseira. Soubemos depois de longa conversa que este ex-organizador de casamentos de Osaka se desentendeu com o chefe, espetou-lhe 2 murros, pegou nas coisas e foi para Hoi An. Depois de algumas semanas começou a ligar à mãe para que, pelo telefone, o ensinasse a cozinhar. Voltou ao Japão, fez uns curso, voltou a Hoi An e abriu o restaurante. Este, do mais simples que há, com apenas 6 mesas e paredes nuas. Apenas uma televisão que passa ininterruptamente imagens do Japão. A comida era muito boa e tinha mesmo aquele ar caseiro. 

No dia seguinte andamos de bicicleta para todo o lado. Começamos de um lado de Hoi An pelo meio de campos de arroz. Tínhamos um mapa do percurso mas, uma distracção de minutos, fez errar uma estrada o que obrigou a atravessar um campo de arroz por caminhos, digamos, mais adequados ao trial. Sob protestos de alguns membros da equipa lá retomamos o mapa e continuamos pelos campos e aldeias vizinhas até voltarmos a Hoi An e encontrarmos os famosos 2 portugueses que lá vivem há 4 meses. Aqueles da revista Visao. Da Covilhã para Hoi An! Vendem artigos desportivos e fazem doces para fora, como pasteis de nata e bolos. Da longa conversa, percebemos que estão contentes com o desafio, mas como qualquer desafio, tem coisas boas e outras mais ou menos. Principalmente, acho que a lingua é o grande entrave e, como qualquer emigrante têm de se apoiar em quem fala inglês e isso nem sempre indica confiança. 

Seguimos na nossa bicicleta para uma voltinha do outro lado de Hoi An. Mais uma vez o mapa não ajudou e provavelmente a volta foi maior do que tínhamos planeado. Vimos outras aldeias, crianças a sair da escola, pequenas habitações enfiadas em campos de palmeiras, muitas bicicletas e muitas motas.

Voltamos ao Miss Ly para jantar. Este restaurante era, há 20 (vinte!!) o único existente em Hoi An. O turismo trouxe muitos mais mas este continua lá, sempre cheio, onde provamos o Cao Lau, um prato de noodles com porco que só existe em Hoi An.

Olhá foto!!

(Apesar de aparecerem aqui em formato reduzido as fotos podem ser vistas em maior tamanho e óptima resolução clicando sobre elas. A gerência agradece)




























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